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“Carnaval em Olhão: Desfile de Memórias” em exposição na Avenida da República
“Carnaval em Olhão: Desfile de Memórias” em exposição na Avenida da República
O separador central da Avenida da República, junto à capela do Senhor dos Aflitos, acolhe a mais recente exposição do Arquivo Municipal António Rosa Mendes. Trata-se de um conjunto de painéis, que reúne um conjunto de documentos das coleções de jornais e fotográficas Alberto Strazzera e Maria Amélia Morgado, assim como dos fundos documentais da Câmara Municipal e Abílio Gouveia, de modo a criar um breve retrato de como se vivia o Carnaval entre os anos 20 e os anos 50 do século XX, em Olhão. O Carnaval em Olhão sempre foi vivido intensamente, com a alegria e folia a que a época convidava. Prova disso é a descrição feita pelo Jornal Correio Olhanense, de 1922, cujo relato é feito de tal forma real e entusiasmada que chega a parecer que quem o lê também participou daquele festejo: “Bailes e mais bailes, concursos de costumes, batalhas de flores, recitais, etc, etc; tudo passou por nós, atordoadoramente, num turbilhão de alegria e mocidade, deixando-nos exaustos, desfalecidos, esmagados sob uma avalanche de saudades, que nos persegue e nos mata.”. A festa concentrava-se essencialmente na avenida, através de desfiles de carros alegóricos, conhecidos por Batalha das Flores, designação só conhecida em Olhão, e nas sociedades recreativas, com os bailes carnavalescos, como nos mostram algumas das fotografias e documentos agora apresentados na exposição. Começando com uma imagem da primeira página do jornal O Carnaval, publicado em Olhão especialmente com o objetivo de marcar este período, no ano de 1920, que nos dá uma ideia da importância que era atribuída a esta data comemorativa, segue-se uma fotografia, datada de 1921, de um grupo de raparigas olhanenses mascaradas. Passamos depois para a descrição dos festejos carnavalescos de 1922, patente no jornal Correio Olhanense. Segue-se um conjunto de fotografias da coleção Maria Amélia Morgado, que cobre os finais dos anos 20, inícios dos anos 30 do século XX, acompanhadas de um pequeno cartaz do Carnaval de 1929. Dos anos 40, condicionados pela 2.ª Guerra Mundial, altura em que o Carnaval não saiu à rua, apresenta-se um ofício de 1941, da comissão dos festejos carnavalescos de Olhão, e um requerimento da Sociedade Recreativa Progresso Olhanense, destinado à realização de bailes de carnaval. Regressando em força em 1951, a mostra dá a conhecer alguns cartazes publicados no jornal Correio Olhanense, assim como o programa dos festejos desse mesmo ano, seguido de fotografias dos carros alegóricos. A mostra termina com o carnaval de 1951, e com os carros alegóricos que nesse ano desfilaram pela avenida, onde se destaca o carro do manjerico, que viria a ser o vencedor do desfile.
Restauro Documental
Restauro Documental
No âmbito das suas atribuições e competências o Serviço de Arquivo Municipal tem vindo, cada vez mais, a desempenhar funções ao nível da conservação e restauro da documentação, consolidando documentos que, desde sempre, integraram o seu espólio mas também aqueles que nos vão chegando através de doações. Falamos da documentação de carácter histórico que pela sua longevidade foi alvo de diferentes tratamentos, sujeita a sucessivos manuseamentos e cuidados e que, naturalmente, por inerência da idade denota algum estado de degradação. Precavendo que a perda seja a menor possível, o Arquivo Municipal tem vindo, a par das tarefas de tratamento arquivístico dos documentos, a sujeitá-los a práticas de conservação e restauro tendo o resultado sido muito positivo e gratificante. Desde a consolidação quase total, nos casos em que a documentação nos chega em avançado estado de degradação, até à consolidação apenas parcial ou mesmo somente a pequenos reparos, o facto é que as técnicas de restauro apostas em cada um dos documentos permitiram passar a poder manuseá-los mas, mais do que isso, a ter acesso à sua informação e conteúdo.   As técnicas de consolidação e restauro têm sido aplicadas um pouco por todos os fundos documentais, desde a Coleção de Plantas Arquitetónicas, ao Fundo Documental da Família Aires de Mendonça e até ao Espólio Fotográfico totalizando cerca de quinhentos documentos restaurados.
Fundo Documental Família Aires de Mendonça e as fases de tratamento
Fundo Documental Família Aires de Mendonça e as fases de tratamento
Composto na sua maioria por escrituras de compra e venda de propriedades, e aforamentos, conta igualmente com um grande número de documentação relativa ao pagamento de impostos e foros, assim como alguma correspondência, entre outra documentação, cronologicamente compreendida entre meados do Século XVIII e inícios do Século XX. Trata-se do Fundo Documental da Família Aires de Mendonça que foi alvo de doação ao Arquivo Municipal no passado ano de 2018.Face ao estado de degradação em que se encontrava a documentação, as já de si demoradas fases de higienização, consolidação e restauro, e identificação, prolongaram-se por muito tempo, entrando-se, em meados do ano de 2021, na fase final do seu tratamento arquivístico, com a criação do quadro de classificação, de forma a elaborar-se o inventário final. Seguiu-se a fase de acondicionamento e por fim a disponibilização do espólio a todos os interessados, a qual se deu em finais desse mesmo ano.Documentação importante, tanto pela sua idade como pelo seu conteúdo, trata de assuntos tão diversos como questões relativas a propriedades agrícolas, dispersas um pouco por todo o território do atual município de Olhão - destacando os seus limites e características - assim com propriedades localizadas dentro da malha urbana. Contém igualmente documentação cujo conteúdo remete para como assuntos de âmbito militar local, mas de incidência nacional, muito por força das inúmeras figuras pertencentes à família, que tiveram uma participação muito ativa na história de Olhão, dando como exemplo o facto de alguns deles estarem ligados a várias vereações camarárias, chegando mesmo a ocupar o lugar de Presidente da Câmara.
325 Anos da Paróquia de Olhão
325 Anos da Paróquia de Olhão
     
Doação do Espólio Fotográfico da Sra. Maria Leonilde Infante
Doação do Espólio Fotográfico da Sra. Maria Leonilde Infante
Em setembro de 2021 o Arquivo Municipal recebeu através de doação da Sra. Maria do Carmo Alves de Carvalho Lima Infante, parte do espólio de sua avó, Maria Leonilde Cabrita Lima Infante.O conjunto documental é composto por documentação variada, maioritariamente fotografias, que espelha a atividade profissional de Leonilde Infante, enquanto proprietária dos Externatos Olhanense e Nossa senhora do Rosário, ambos em Olhão.Além de proprietária, Leonilde Infante foi também professora nos estabelecimentos de ensino, tendo marcado várias gerações de alunos ao longo das décadas de 30, 40 e 50 do século XX.O espólio será alvo de tratamento arquivístico e disponibilizado ao público assim que possível.      
150
Média anual de utilizadores
500
Documentos Restaurados
5000
Gigabytes de Documentos digitalizados
20
Doações
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