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Centenário do falecimento de João Lúcio 1918 – 2018
Laços familiares: entre o Alentejo e o Algarve

O Arquivo Municipal assinala o centenário do falecimento de João Lúcio através da presente exposição, focada nos seus laços familiares, vincadamente alentejanos e algarvios. Composta maioritariamente por fotografias de família, a exposição pretende revelar a origem dos “Pousão Pereira”, onde a árvore de costados assume um papel fundamental, mostrando o entrelaçar entre a família calipolense e a olhanense.
Descendente de uma família olhanense, o seu avô, João Inácio Pereira, foi Diretor do Correio de Olhão, por mercê feita por D. Fernando II, posteriormente confirmada, através de Carta de Serventia vitalícia, passada por D. Pedro V, no ano de 1861, e seu pai, João Lúcio Pereira, proprietário abastado, um dos fundadores da Sociedade Recreativa Olhanense e Presidente da Câmara Municipal, tal como o próprio João Lúcio viria a ser.

A família Pereira cruza-se com a família Pousão, originária de Vila Viçosa, após a vinda de Francisco Augusto Nunes Pousão, para Olhão, para ocupar o cargo de 1º Juiz de Direito, da recém-criada Comarca de Olhão, em 1875. Ora, seria com uma das filhas do Juiz Pousão, Maria Helena de Araújo Pousão, que João Lúcio Pereira se casaria, em segundas núpcias. Deste matrimónio nasceria, a 4 de julho de 1880, João Lúcio Pousão Pereira, falecido precocemente, com trinta e oito anos de idade, vítima de pneumónica, a 26 de outubro de 1918.
João Lúcio Pousão Pereira, ilustre olhanense, figura prolífera, poeta, advogado e político, destacou-se no seu tempo, alcançando notoriedade regional e nacional através da sua obra poética assim como pelas exímias capacidades de orador.